COMANDANTE DA GOL É ACUSADO DE XINGAR AEROMOÇAS PELO SISTEMA DE SOM DURANTE VOO
Sem noção...
O comandante do voo G3 1877 da companhia aérea Gol, que saiu de Cuiabá
às 19h30 e chegou ao aeroporto de Guarulhos às 22h (horário de Brasília)
desta quinta-feira (27), é acusado de xingar as comissárias de bordo
durante voo. O piloto deixou o sistema de som ligado e falou palavrões
direcionados às aeromoças. Uma delas chorou diante de passageiros.
O relato das ofensas foi feito à reportagem do UOL
pela jornalista Camila Bini, que está em São Paulo em viagem de
negócios. Segundo ela, a aeronave se aproximava de Guarulhos quando o
comandante anunciou a chegada e falou que todos se preparassem para a
aterrissagem, como acontece de praxe.
Em seguida, o comandante teria declarado frases ofensivas às aeromoças,
reproduzidas pela jornalista que estava no avião: "Cadê aquelas putas?
Vou me preparar sem elas. Que merda, que se fodam elas".
As ofensas, segundo a jornalista, foram ouvidas pela maioria dos
passageiros em alto som pelo sistema de comunicação da aeronave. "Todos
ficaram espantados, e o comandante falava com voz enrolada", afirmou
Camila.
Uma das aeromoças levou as mãos ao rosto e chorou bastante, segundo a
jornalista. "A outra fez cara de 'paisagem'", disse Camila,
acrescentando que só havia duas comissárias no voo 1877, que estava
lotado.
Na saída da aeronave, algumas passageiras disseram que iriam fazer uma
manifestação contra a Gol, no aeroporto, promessa essa que não foi
realizada. "Fiquei apavorada com esse comandante, que mostrou não gostar
da equipe (de aeromoças)", afirmou a jornalista.
Gol reconhece episódio
A Gol Linhas Aéreas reconheceu o episódio por meio de nota, segundo a
qual "lamenta o ocorrido no voo G3 1877 e destaca que a atitude do
comandante foi um fato isolado, que vai contra todos os princípios e
normas de conduta e ética praticados pelos colaboradores da empresa".
Ainda segundo a nota, a "companhia destaca que todas as medidas
internas necessárias já estão sendo tomadas a fim de garantir a
integridade moral das comissárias e de todos os seus colaboradores".
fonte/UOL
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