SEIS LIGAÇÕES AÉREAS CONCENTRAM 25% DOS PASSAGEIROS DE AVIÃO EM 2010

 Pesquisa inédita do IBGE mostra a dimensão da liderança de São Paulo na concentração do transporte aéreo doméstico de passageiros e de cargas no Brasil. Das 877 ligações aéreas existentes no País, as seis maiores têm a capital paulista como ponto de origem ou destino e concentram um quarto (25,2%) dos 71,7 milhões de passageiros transportados. Os dados, referentes a 2010, mostram que apenas 135 das 5.565 cidades brasileiras têm ligações aéreas domésticas regulares.
 
O trajeto entre São Paulo e Rio de Janeiro é o mais movimentado, com 5,6 milhões de passageiros (embarques e desembarques) em 2010, ou 7,9% do total de ligações aéreas. Em seguida vêm, pela ordem, as ligações entre São Paulo e Brasília; São Paulo e Porto Alegre e São Paulo e Salvador.

Os dois aeroportos de São Paulo tiveram juntos, em 2010, quase o dobro da movimentação de passageiros dos dois aeroportos do Rio de Janeiro, a segunda cidade com maior fluxo do País. Foram 26,8 milhões de embarques e desembarques domésticos na capital paulista e 14,4 milhões na capital fluminense. Brasília, que tem um aeroporto, ficou tem terceiro lugar, com 12,3 milhões de passageiros embarcando e desembarcando.

Campinas - Os dados mostram também que os grandes fluxos domésticos concentram-se em 14 cidades - 13 capitais e Campinas. Das 24 ligações aéreas mais movimentadas do País - que transportaram metade do total de passageiros em 2010 (35,8 milhões de embarques e desembarques) -, apenas o trecho entre Rio de Janeiro e Campinas não liga duas capitais. A grande movimentação no aeroporto de Viracopos se explica por ser o destino e a origem da maioria dos voos da companhia aérea Azul.

Cargas - A principal ligação aérea de transporte de carga do País é entre São Paulo e Manaus, responsável pelo transporte de 99,3 mil toneladas em 2010, ou 22,8% dos 434 mil toneladas transportadas no País, mostram os dados do IBGE. Foi levado em conta apenas o transporte doméstico de cargas. A alta concentração no trecho entre as capitais de São Paulo e do Amazonas se justifica pela Zona Franca de Manaus.

Segundo técnicos do IBGE que analisaram os dados, a desigualdade interna do País se repete nos voos domésticos, com o Sul e o Sudeste, além de Brasília, com os melhores padrões de acessibilidade e o Norte com os piores. "Como esperado, São Paulo é o nó de maior centralidade da rede aérea, acompanhando sua demografia, funções econômicas. O Rio de Janeiro vem perdendo importância relativa na rede de tráfego aéreo, ainda se mantendo em segundo lugar no número de passageiros, mas menos significativo em carga", diz o estudo do IBGE.

fonte/G1

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