PILOTO MORRE BALEADO APÓS TENTAR ATINGIR POLICIAIS COM AVIÃO EM MINAS GERAIS
Um piloto de avião --preso em 2011 numa perseguição cinematográfica, em
que um carro da PF (Polícia Federal) se chocou contra uma das asas da
aeronave durante a fuga-- foi morto no último sábado (9), por agentes
federais em circunstâncias parecidas na cidade mineira de Indianópolis
(523 km de Belo Horizonte).
Segundo a Polícia Federal, Antonio Renato Biasi, 56, pousou com 447
quilos de pasta base de cocaína e armas procedentes da Bolívia num
canavial na zona rural de Indianópolis e, ao avistar os federais, a
exemplo do episódio de 2011, tentou arremeter voo, mas, desta vez,
manobrando o avião em direção aos policiais.
Segundo Carlos Henrique D"Ângelo, 40, chefe da Polícia Federal de
Uberaba (478 km de Belo Horizonte), foram feitos três disparos de fuzil
contra o bimotor pilotado por Biasi na tentativa de impedir a fuga.
"Como ele não parou, acabou sendo atingido por um tiro na cabeça." Biasi
era natural de Lençóis Paulista (287 km de São Paulo), mas foi
sepultado no Paraná.
Em novembro de 2011, ele foi preso em flagrante com outros três homens
num canavial de Pontal (351 km de São Paulo), em operação da Polícia
Federal de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
"Atira, não"
Ao perceber a polícia, o piloto, que já estava com a aeronave em solo, acelerou e tentou decolar, mas os agentes federais, no encalço do suspeito, chocaram a frente do veículo contra a asa esquerda do monomotor."Vou bater na asa, vou bater na asa. Não atira, não", gritou o policial que dirigia a um colega que se preparava para atirar. Com o choque, o avião não decolou, e os quatro tripulantes acabaram sendo presos.
Na aeronave, um monomotor procedente do Paraguai, havia notebooks, impressoras, câmeras e equipamentos usados em sistemas de vigilância avaliados em R$ 200 mil. Biasi e os outros acusados tiveram prisão preventiva decretada por contrabando e descaminho, mas o piloto conseguiu um habeas corpus e recuperou a liberdade.
fonte/UOL
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