CURY CULPA FALTA DE PISTA PELA SAÍDA DA EMPRESA

O prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB), culpou a falta de uma pista para testes de aeronaves na cidade pela saída de empresas médias e pequenas do setor aeronáutico.
 
“Esse tipo de empresa tem necessidade de ter uma pista à disposição e em São José isso depende de uma decisão da Infraero e do governo federal”, disse Cury.
 
Anteontem, a Novaer Craft, que emprega 100 funcionários em São José, anunciou a construção de uma fábrica em Santa Catarina e a saída definitiva da cidade.
 
No ano passado, a Krauss Aeronáutica mudou-se para Campanha (MG) em busca de apoio da prefeitura e para formar mão-de-obra especializada.
 
A abertura de um polo aeronáutico em São Bernardo do Campo, anunciado em 2011, é visto por empresários como ameaça para tirar mais empresas da cidade.
 
Para Cury, no entanto, a prefeitura vai esperar a definição do governo federal sobre a ampliação do aeroporto de São José antes de pensar em qualquer projeto de uma outra pista.
 
“São José possui uma pista com 95% de ociosidade, com torre de controle já instalada, além de um terreno com mais de 2 milhões de metros quadrados, com os principais acessos à Dutra, Carvalho Pinto e Tamoios, aguardando apenas a liberação para expandir sua utilização”, disse.
 
“Considerando tudo isso, a prefeitura não vê como uma opção preferencial investir recursos públicos na construção de uma pista municipal, o que seria uma obra de altíssimo custo e muito demorada, se levarmos em conta as fases de projetos e licenças ambientais necessárias.”

Cadeia produtiva.Na avaliação de Cury, é mais proveitoso manter a cadeia produtiva em torno de empresas consolidadas como a Embraer, terceira maior fabricante de aviões do mundo, do que se preocupar com a eventual saída de pequenos negócios, muitos deles experimentais.
Quanto ao setor na cidade, o prefeito mantém o otimismo de que o APL (Arranjo Produtivo Local) aeronáutico continuará em expansão. Hoje, 120 empresas estão registradas.
“São José tem perfeitas condições de receber novas empresas do setor, como as que se instalaram no Parque Tecnológico no último ano.”

Diversificação. Empresários discordam de Cury e defendem a diversificação das empresas no setor aeroespacial e de defesa na cidade, não apenas aquelas que fazem parte da cadeia de fornecedores da Embraer. “Uma indústria aeronáutica pujante não é feita de uma só empresa, mas de diversificação dos setores. Não dá para ter uma visão apenas local”, disse o engenheiro Carlos Aquino, CEO da Aerolink do Brasil.
Uma das saídas apontadas por ele para as empresas é a construção de uma pista privada em Caçapava, empreendimento que recebeu a licença de instalação (leia texto nesta página). “A indústria aeroespacial exige a visão macro, pensando no mercado internacional. A pista é essencial nesse ponto”, disse. 

fonte/OVale

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