PEÇAS DO KING AIR QUE CAIU EM JUNDIAÍ SÃO LEVADAS PARA SÀO PAULO

As peças do avião bimotor King Air, modelo C 90 (prefixo PP-WCA), que caiu em Jundiaí na sexta-feira, estão sendo levadas a São Paulo, onde serão analisadas pelo Seripa 4 (Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão da Aeronáutica que cuida do tráfego aéreo e da investigação de acidentes.

O avião, pertencente a um empresário de Rio Preto, passou por manutenção no aeroporto de Jundiaí nos últimos dias. O piloto Rui Barbosa Martins Junior morreu carbonizado no acidente e era o único a bordo da aeronave, conforme confirmou a Aeronáutica. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Seripa 4 informou ontem que a perícia não busca descobrir culpados, mas são feitas para fins de prevenção.

A informação foi dada depois que a Aeronáutica informou que o piloto não tinha brevê para pilotar aeronaves como a que caiu na sexta-feira.
O prazo para a conclusão das análises varia em até um ano e meio, dependendo da gravidade do acidente, mas não há um prazo mínimo.
Ainda de acordo com o órgão, durante as investigações, medidas preventivas podem ser colocadas em prática para evitar novos acidentes provocados pelos mesmos problemas.

Dúvida  /No dia do acidente, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros apontaram duas vítimas no avião porque o plano de voo indicava duas pessoas à bordo,

O Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) afirmou, por meio de nota, que a rotina do aeroporto de Jundiaí não deverá ser alterada pelo fato de o número de ocupantes na hora do acidente não bater com a relatada no plano de voo.

“As informações são de responsabilidade do piloto comandante, pois tratava-se de aeronave de uso exclusivo privado”, explicou a Aeronáutica, não sendo necessária a comprovação do embarque de outro passageiro. “É o que acontece em veículos de passeio, por exemplo. O motorista não é obrigado a declarar quantas pessoas estão embarcando nem quem são, somente não poderá ultrapassar a quantidade permitida para o modelo de veículo e deve ser habilitado para tal transporte”.

Falta de habilitação / O piloto Rui Barbosa não possuía habilitação para o modelo de aeronave em que se acidentou, mas tinha cursos e documentos para pilotar outros modelos de aviões particulares.
Uma das suspeitas é que ele tenha identificado a presença de outro piloto, habilitado para pilotar a aeronave, para burlar a sua falta de documentação.

A Aeronáutica não explicou a quem cabe esse tipo de fiscalização nos aeroportos, nem que tipo de medidas poderão ser tomadas a quem autorizou o piloto a decolar com um avião sem habilitação específica.

fonte/DiarioDeSaoPaulo

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