FÓRUM PANROTAS DISCUTIU O FUTURO DA AVIAÇÃO NA AMÉRICA LATINA
O debate sobre o “Futuro da Aviação para o Brasil e América Latina”, que encerrou ontem o 10º Fórum Panrotas, em São Paulo, reuniu Constantino de Oliveira Jr, CEO da Gol Linhas Aéreas; José Efromovich, presidente da Avianca no Brasil; Marco Antonio Bologna, presidente da Tam e Mariano Recalde, presidente da Aerolíneas Argentinas. O painel foi mediado por William Waack, apresentador da TV Globo.
Indagado sobre a fusão entre Tam e Lan (Latam), Bologna enfatizou que o momento da aviação no cenário latino-americano, assim como no transporte aéreo mundial, tramita por uma conversão. Segundo ele, a Tam busca um crescimento como uma empresa de operação a longa distância.
“Alianças envolvem aspectos econômicos baseados em estratégias futuras. Buscamos na aviação equiparar algo que é comum mundialmente, o que faz com que os processos gerem competitividade, mas no Brasil ainda esbarramos com burocracias, que não se equiparam com as normas da aviação mundial. Hoje gastamos entre 30 a 40% com combustíveis, e pagamos ICMS sobre esse procedimento. As empresas aéreas chilenas não pagam, o que difere muito no Brasil. Queremos ser a bandeira brasileira no exterior fazendo voos de longa escala, mas ainda precisamos de apoio da nossa legislação”, enfatizou.
Já Constantino Jr. contradisse a explanação de Bologna. Ele destacou que é preciso cuidado com a concorrência, que pode se tornar preocupante.
Já Constantino Jr. contradisse a explanação de Bologna. Ele destacou que é preciso cuidado com a concorrência, que pode se tornar preocupante.
“O movimento de fusão faz parte de uma tendência do setor. É fundamental que as empresas tenham acesso restrito aos mercados de capitais. A exemplo da Latam, acessar o mercado de capitais de maneira irrestrita pode se tornar desigual. No caso da Gol, temos que obedecer restrições de capital estrangeiro e isso pode trazer desigualdade da concorrente no acesso ao mercado, o que acontece no Chile, onde a Tam está chegando”, declarou.
Para o presidente da Aerolíneas Argentinas, Mariano Recalde, a situação da companhia aérea argentina, que é uma estatal, diverge das estratégias brasileiras, pois foca sua atuação no mercado interno.
“Sabemos que as fusões são uma tendência mundial, mas queremos atrair o maior número de brasileiros possíveis para movimentar o nosso segmento no país. Exemplos são destinos como Patagônia e Ushuaia, que podem atrair tanto o público que viaja a negócios como o de lazer”, mencionou.
A Avianca e a Taca Linhas Aéreas, que já estão em processo de fusão, focam nas adapatações culturais entre os dois países, Colômbia e Peru. “Falamos a mesma língua e hoje a Avianca Brasil não está incorporada com tendências que divergem das normas mundiais. Hoje o nosso foco tem como marca o crescimento, com 170 aeronaves”, ressaltou Efromovich.
O último comentário do painel foi do presidente da Tam: “A mão-de-obra no setor de aviação é ineficiente. No mundo a tripulação pode voar até 90 horas, e no Brasil até 70 horas. Outro problema é de infraestrutura e legislação para recuperar o fundo de aviação civil brasileira. É necessário um apoio das esferas do setor público e união para nos acoplarmos ao futuro da aviação mundial”, finalizou Bologna.
fonte/TribunaDoNorte/eTurismo
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