BOEING REATIVA LOBBY PARA VENDA DE CAÇAS

BRASÍLIA - O presidente da Boeing internacional, James McNerney Jr., vem ao Brasil na próxima semana em mais uma visita para tentar avançar nas negociações para a venda dos caças F-18 Super Hornet. Apesar de o governo brasileiro ter suspendido qualquer decisão sobre a compra dos caças até o início de 2012, a avaliação dos americanos é que este segundo semestre é o momento de convencimento.
 
A compra dos caças foi suspensa pela presidente Dilma Rousseff logo ao assumir o governo, em janeiro deste ano, por conta do ajuste fiscal. No mesmo momento, a presidente deixou claro que nenhuma das ofertas está fora do páreo e os equipamentos americanos e os suecos Saab Gripen seriam considerados - apesar da preferência pelos caças franceses Rafale demonstrada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. 

O recuo do governo brasileiro acendeu o alerta na França, que, depois de meses de conversa entre Lula e o presidente Nicolas Sarkozy, já dava como certo o negócio de R$ 12 bilhões. Ao mesmo tempo, elevou o interesse dos americanos, que viram no recuo brasileiro a chance de retomar as negociações. 

O assunto foi tratado na visita do presidente Barack Obama, em março. 

Argumentos. Obama defendeu os caças da Boeing alegando que eles têm a melhor tecnologia. Semanas antes, o senador republicano John McCain, ex-candidato à presidência dos Estados Unidos, também aproveitou uma visita ao Brasil para fazer lobby pela Boeing e garantir que o Congresso americano apoiaria a transferência de tecnologia exigida pelo Brasil. 

Esse tem sido o ponto mais complicado da negociação com os americanos. 

Os suecos e os franceses concordaram em fazer a transferência total de tecnologia. No caso dos Saab Gripen, a intenção da empresa era terminar o desenvolvimento dos caças junto com o Brasil. Os americanos eram mais resistentes. Obama garantiu a Dilma, no entanto, que o tema estava superado e os Estados Unidos iam garantir o mesmo pacote que os concorrentes. 

fonte/AgEstado

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