FRANÇA DIZ QU RESGATARÁ "TODOS OS CORPOS" E OBJETOS DO AF 447

 
A Polícia Militar francesa disse que a equipe de resgate que trabalha a bordo do navio Ile de Sein vai ser reforçada a partir do próximo dia 20, para que "todos os corpos e objetos pessoais" de vítimas do Airbus A330 - acidentado enquanto realizava o voo 447 da Air France, entre Rio de Janeiro e Paris há dois anos - sejam resgatados. O anúncio foi feito logo após içarem à superfície mais um "corpo inteiro preso a um assento". A nota foi divulgada nesta sexta-feira pela direção de comunicação da Polícia Militar Nacional.

O comunicado informou que o trabalho de recuperação dos restos das vítimas vai ser realizado durante cerca de 15 dias, por 12 especialistas. Em relação ao segundo corpo que foi trazido à superfície hoje, o texto explicou ainda que "a operação foi realizada com toda a dignidade, em condições difíceis". Material genético foi retirado do corpo, para providenciar a identificação da vítima.

As amostras do primeiro corpo, resgatado com sucesso na quinta-feira após uma tentativa inicial "infrutífera", deverão chegar à França na metade da semana que vem, conforme a polícia. Elas vão passar por análises "para determinar se a identificação por DNA é possível".

O texto afirma que "o procedimento colocado em prática pelo Escritório de Investigações e Análises (BEA) e os investigadores da polícia, permitindo de trazer um corpo inteiro preso a um assento, assim como todo outro elemento dispersado no solo, se revelaram conclusivos de um ponto de vista técnico", indicando que a técnica parece funcionar no objetivo de resgatar as vítimas.

Em entrevista ao Terra, o diretor de Desenvolvimento da empresa Phoenix, que fabrica o robô Remora 600, utilizado para a operação de resgate dos destroços do AF 447, disse que já havia realizado outras experiências semelhantes a essa, como a recuperação dos restos de um avião da Yemenia acidentado nas ilhas Comores, em 2009, assim como dezenas de vítimas da tragédia. A empresa também é a escolhida dos Marines americanos para buscas em alto mar e operações de resgate. "Nós nos focamos no trabalho que precisa ser feito e o conduzimos com o máximo de cuidado e consideração possíveis", disse Timothy Janaitis, que se recusou a dar mais detalhes sobre o procedimento em respeito às famílias das vítimas.

fonte/Terra
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