ACIDENTES COM VÍTIMAS FATAIS MOSTRA FRAGILIDADE NA FISCALIZAÇÃO NO AMAZONAS


 
Manaus - O acidente aéreo com um avião da Amazonaves que matou sete pessoas nesta quinta-feira (21) no aeroporto Eduardo Gomes, levanta questionamentos sobre a segurança nas viagens de avião no Estado. O Amazonas tem um histórico de acidentes com vítimas fatais, e alguns deles provocados por falhas nos equipamentos ou erros dos profissionais envolvidos. Relembre alguns acidentes aéreos que ceifaram vidas no Estado.

Rico
Em 14 de maio de 2004 foi registrado o mais grave acidente aéreo do Amazonas. O voo 4815 da Rico Linhas Aéreas caiu em Manaus, vindo da cidade de São Paulo de Olivença. Os 33 passageiros e dois tripulantes morreram. A falta de treinamento adequado dos pilotos e uma sucessão de erros deles durante o procedimento de pouso foram as principais causas da queda do avião Brasília da Rico Linhas Aéreas, segundo relatório final elaborado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica. Por conta desse laudo, o Ministério Público do Estado (MP-AM) abriu denúncia contra a empresa.

Manacapuru
No dia 7 de fevereiro de 2009 um avião Bandeirante, prefixo PT-SEA, caiu no rio Manacapuru, faltando 10 minutos para chegar na pista de pouso em Manaus. Das 28 pessoas a bordo, 24 morreram. Uma pane no motor foi a principal tese levantada pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa-7). O avião era da empresa Manaus Aerotáxi e estava fretado para o município de Coari (a 363 quilômetros a oeste de Manaus).

Seduc
No dia 13 de maio do ano passado, um bimotor Sêneca, prefixo PT-EUJ, da empresa Cayton Táxi Aéreo, caiu no bairro Zumbi, na zona leste de Manaus. O avião caiu no terreno do Retiro Escolar Salesiano Dom Bosco. Seis pessoas morreram, entre elas a secretária de Educação do Estado, Cínthia Régia Gomes do Livramento. A aeronave ia para Maués e caiu minutos depois de levantar voo do Aeroclube de Manaus.

Empresa marcada por outros acidentes

Há registros de pelo menos quatro outros acidentes com aeronaves da empresa Amazonaves nos últimos nove anos. O último ocorreu em 2007.

Um avião bimotor modelo Seneca II, prefixo PT-WIG, caiu no condomínio residencial Dilma Toledo, próximo ao Aeroclube do Amazonas, no bairro Flores, zona centro-sul de Manaus. A aeronave atingiu uma casa que estava em construção. No avião estavam apenas o piloto e um passageiro, que tiveram ferimentos graves. Na ocasião, o piloto, Leandro Costa, 25, informou que houve problemas mecânicos no motor depois da decolagem. Ele tentou retornar ao aeroclube, mas a aeronave acabou caindo no condomínio.

Em maio de 2002, houve um acidente com um Minuano (BEM-720 D) da empresa, prefixo PT-OFA, que fazia um voo de experiência (voo local), após ser realizada uma inspeção geral (1.000 horas). O piloto saiu gravemente ferido.

O mais grave ocorreu em 2003, quando um outro Minuano (EMB-720 D), prefixo PT-VCB, sofreu um acidente quando decolou de Tefé (a 523 quilômetros a oeste de Manaus) para São Gabriel da Cachoeira (a 852 quilômetros a noroeste de Manaus), levando o piloto e um passageiro. A aeronave foi localizada cerca de três meses depois submersa em um lago próximo à comunidade indígena de Maguari. Encontrava-se de dorso com a bequilha quebrada, apresentando danos estruturais leves. Os dois ocupantes morreram no acidente.
 
fonte/DM24AM
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