COM VOO CANCELADO, DIRETOR DA TAM É OBRIGADO A PEGAR TÁXI

Former TAM logoImage via Wikipedia

Um diretor da companhia aérea TAM foi obrigado a voltar de Marília, no interior paulista, de táxi para a cidade de São Paulo, depois que seu voo foi cancelado sem que fosse avisado da suspensão, na terça-feira. Euzébio Angelotti, diretor de Negócios, havia viajado para atender uma notificação do Ministério Público Estadual para explicar os motivos do apagão aéreo causado pela Pantanal, empresa da TAM. 

A Pantanal Linhas Aéreas é acusada de cancelar e atrasar voos no interior de São Paulo sem avisar aos passageiros com antecedência e de cometer outras infrações. Somente em Marília, mais de 20 voos da empresa foram cancelados no fim do ano passado; neste ano, já foram ao menos três.

Na terça-feira, em audiência com o promotor dos Direitos do Consumidor de Marília, José Alfredo Santana, responsável pelo inquérito aberto para apurar as denúncias, Angelotti afirmou que a empresa cumpria a legislação, avisando com antecedência seus passageiros. Porém, em uma interrupção da audiência para atender aos jornalistas, ele foi avisado pelos repórteres que justamente seu voo de volta estava cancelado. 

Ainda assim, Angelotti insistiu e reafirmou que não havia cancelamento e que o avião sairia normalmente. Em seguida, questionou sua assessoria por mensagem de celular sobre a suspensão e sobre a "saia justa" que estava vivenciando naquele momento. O torpedo foi registrado pelos fotógrafos que cobriam a audiência.
Apesar dos assessores confirmarem o cancelamento, Angelotti foi ao aeroporto da cidade, onde foi informado de que os passageiros de seu voo teriam que tomar um ônibus até São José do Rio Preto, a 200 km de distância, para embarcar a São Paulo. Acompanhado de uma advogada da empresa, Angelotti pegou um táxi, que o levou de volta à capital paulista.

Na quarta-feira, o promotor Santana disse que vai pedir explicações ao diretor da TAM. "Estou questionando a empresa para responder essa contradição. O diretor disse aqui que a empresa avisa com antecedência os cancelamentos e atrasos, mas quero saber por que ele, que além de passageiro é diretor, não foi avisado desse cancelamento", afirmou.

Segundo o promotor, o questionamento é feito por meio de ofício enviado à Pantanal. Santana disse que, apesar das reclamações dos passageiros, a Agencia Nacional de Aviação (Anac) o informou que os cancelamentos e atrasos da Pantanal estão dentro da legislação do setor e que, por isso, dificilmente ele poderá pedir autuação da empresa pelos problemas em Marília.

A reportagem tentou entrar em contato com a empresa Pantanal, mas não obteve resposta até esta reportagem ser publicada.

fonte/Terra
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