DOCUMENTÁRIO - OS VOOS NA ENCRUZILHADA

O documentário está em fase de edição e deverá ser lançado em abril de 2011. Segundo Frederico, caso alguém deseje deixar o seu testemunho histórico no vídeo, ainda há tempo. Para ele, a parte mais importante do documentário são os depoimentos.

Os pilotos estavam vindo de Nova York com destino ao Rio de Janeiro, para comemorar o centenário da independência do Brasil. De acordo com os dados coletados, o Curtiss foi o primeiro avião a passar pela cidade. A outra data, 1946 é marcada pelo fim da Segunda Guerra e a saída das forças militares americanas de Natal. Os depoimentos, textos narrados e infográficos presentes no documentário revelam não só os bastidores da guerra, o que ela tinha de mais humano, sobretudo as transformações sociais, culturais e econômicas. Praticamente todas as pessoas relatam a intensa transformação de Natal. De uma cidade pacata, de ruas de barro, trafegada por veículos de tração animal, para outra mais populosa, povoada e moderna. As fotografias e vídeos contidos no documentário foram cedidas pela Fundação Rampa. A Fundação foi inaugurada em 2000.
A maior parte dos integrantes era de militares da Força A éria Brasileira. Naquela época, o objetivo da fundação era restaurar a Rampa, local de aterrissagem e decolagem dos aviões. Desde 2008, sob a diretoria de ex coronel da força aérea, Marco Antônio Sendin, a fundação quer resgatar a história aeronáutica do Estado, que estava perdida materialmente e imaterialmente.
O documentário “Natal encruzilhada do mundo” depois de concluído, será distribuído gratuitamente em bibliotecas e escolas públicas de Natal e alguns países da Europa e América. Os testemunhos da aviação, durante a Segunda Guerra Mundial que quiserem participar do documentário devem telefonar para os números: 8714-2868 ou 9402-3279. Apesar de ter um dos maiores acervos sobre Segunda Guerra Mundial no RN, a Fundação Rampa não tem sede, colocando o seu acervo a disposição do público somente pela internet. Se a sede não existe, tampouco há apoio governamental. O site pode ser acessado pelo www.fundacaorampa.com.br.
O trabalho desenvolvido pela Fundação é levado pelo empenho de colaboradores, entre eles Augusto Maranhão e Frederico Nicolau. Um dos locais que reclamam o acervo para exposição é o Museu da Rampa, existente até agora unicamente no papel. Vizinho ao que hoje é o Canto do Mangue e o Mercado do Peixe, o Museu da Rampa era um aeroporto utilizado entre a década de 30 e 40 por aeronaves em todo o mundo.
As viagens intercontinentais tinham a Rampa como parada obrigatória. O nome vem da rampa por onde subiam os hidroaviões europeus. Eles pousavam no Potengi e subiam a Rampa. Mesmo sem sede, a fundação assumiu a missão de, além de pesquisar, transmitir esse conhecimento por meio de palestras, livros, parcerias e coleta de testemunhos orais da história. O trabalho ultrapassou as fronteiras do Rio Grande do Norte chegando a outros estados brasileiros e países do continente americano e europeu.
O resultado desse empenho é uma das maiores coleções de imagens do início da aviação relacionadas a Natal, vídeos, livros e artigos. Como ação concreta, a Fundação Rampa promove um calendário anual de atividades, participando de simpósios, encontros de veteranos da Força Expedicionária Brasileira (FEB), comemoração de datas históricas como o aniversario do pioneiro Augusto Severo e o encontro dos presidentes Franklin Delano Roosevelt e Getúlio Vargas, ocorrido na Rampa em 28 de janeiro de 1943.
O principal objetivo é transmitir a importância de Natal para a história da aviação, desde os pioneiros até o fim do conflito mais brutal conflito da raça humana, a Segunda Guerra Mundial, com a criação de Parnamirim Field. O início ocorre com as primeiras rotas regulares de correio aéreo transoceânico, em 1930 com os francês ligando Natal à França e logo em seguida, em 1934, os alemães da Lufthansa partindo de Berlim para a América do Sul via Natal.
fonte/foto/TribunaDoNorte/FundaçãoRampa
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