AEROVIÁRIOS E AERONAUTAS AMEAÇAM PARAR ÀS VÉSPERAS DO NATAL
RIO - Sindicatos de aeroviários (pessoal que trabalha em terra) e aeronautas (tripulação) decidiram que vão cruzar os braços no dia 23 de dezembro, caso as negociações com as companhias aéreas por reajuste salarial e melhores condições de trabalho não avancem. Nesta quarta-feira, haverá nova reunião entre representantes dos trabalhadores e do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), a sexta rodada de negociações desde setembro.
O indicativo de greve foi aprovado em assembleias feitas por oito sindicatos desde quinta-feira passada. Nesta terça-feira foi a vez do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA). Além de aprovarem a data para uma possível paralisação, os aeroviários, representados por sete sindicatos, concordaram em reduzir o percentual de reajuste salarial pedido, de 15% para 13%. O aumento reivindicado para os pisos salariais foi mantido em 30%.
Já os aeronautas, que são reunidos em apenas um sindicato, mantiveram a demanda por 15% de reajuste dos salários. O Snea propõe aumento vinculado ao INPC, índice de inflação que acumula alta de 6,08% nos 12 meses encerrados em novembro. A data-base de aeroviários e aeronautas é 1º de dezembro.
- Se eles (Snea) vierem com proposta de aumento de 7% ou 8% na reunião (de quarta), não vai adiantar. Se houver intransigência, vamos parar - disse a presidente do SNA, Selma Balbino.
O Snea disse que sua posição será mantida e que no cálculo do 13º salário dos trabalhadores já será embutido o reajuste de 6,08% referente a dezembro, mesmo que não se chegue a um consenso. Disse ainda não acreditar em uma paralisação às vésperas do Natal.
Aeroviários e aeronautas alegam que o crescimento da demanda por voos domésticos e internacionais acima de 20%, no acumulado do ano, justifica um aumento real de salário e não se contentam com uma mera reposição de inflação. Os aeronautas reivindicam ainda aumento nas diárias de alimentação, elevação do valor da cesta básica (distribuída a quem ganha até R$ 2.345) de R$ 193,93 para R$ 300, além de aumento no valor do seguro de morte e invalidez permanente de R$ 9.159 para R$ 20 mil.
fonte/OGlobo
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