HELICÓPTERO FÊNIX 02 DA CIOPAER, DO CEARÁ, RESGATA GRUPO DE JOVENS PERDIDOS POR 30 HORAS NA SERRA DO MARANGUAPE

O que era para ser um feriado de lazer, quase se transforma numa tragédia. O grupo iniciou a subida da serra do Maranguape no sábado (01 Mai) por volta das 09:00h, quando ás 16:00h começou a chover e os responsáveis pelo grupo perderam a visibilidade e a trilha de volta. Por volta das 17:15h do dia seguinte (02 Mai), depois de 30 horas de agonia, o helicóptero Fênix 02 da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (CIOPAER) iniciou o resgate, participaram da operação o piloto major Ronaldo Pires (PMCE), o co-piloto major Sergio Augusto Ramos (PMPR) e os tripulantes St Delerino, St Anchieta, Cb Sena, Cb Wilton, Cb Barros, Sd Junior e Insp Gildo.

Helicóptero Fênix 02 – Ao fundo Serra do Maranguape

A auxiliar administrativa Caroline Alves, 21 anos, integrante do grupo que se perdeu na serra, revela que só ficou um tanto preocupada depois que as baterias dos celulares começaram a descarregar. “Na noite do sábado, avistamos o helicóptero da Polícia e fizemos sinal para eles, que não puderam descer naquele instante por causa do mau tempo. Depois que ficou claro que dormiríamos ali mesmo, abrimos um clarão no mato e fizemos um pequeno abrigo, priorizando as duas crianças que estavam entre nós. Como a previsão era de que demoraríamos pouco, não levamos muita comida e água. Os biscoitos foram entregues às duas crianças”.


Devido ao mau tempo na região o Corpo de Bombeiros não conseguia localizar onde o grupo encontrava-se perdido. Com o sobrevôo do helicóptero Fênix 02 foi possível localizá-los e quando as condições climáticas permitiram foi possível iniciar o resgate. Através da técnica do rappel dois tripulantes operacionais chegaram ao local onde encontrave-se as vítimas, culminando com a retirada de duas vítimas com o helicóptero Fênix 02, através da técnica de  MacGuire, sendo estes priorizados em razão das condições de saúde da criança (05 anos) e de sua mãe (22 anos), que estava com um machucado em um de seus joelhos, as demais vítimas foram conduzidas por terra até o sopé da serra, conduzidas por um Tripulante Operacional.

A técnica de enfermagem Clara Alves, 39 anos, ressaltou a união do grupo, “que ficou junto todo o tempo e se manteve solidário”. Embora a maioria das pessoas sejam integrantes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Clara fez questão de ressaltar que o passeio foi organizado pelas próprias pessoas, sem qualquer responsabilidade da igreja.

Já para auxiliar administrativa, Caroline Alves, a experiência não foi nada agradável. Ela salientou que o pior momento foi durante a noite, “nós forramos o chão, bastante íngreme, com palha de bananeira. Não dava pra gente deitar e muito menos dormir. Passamos quase 30 horas na mata” disse aliviada.

O coordenador de Defesa Civil do município de Maranguape, Sílvio Nunes, disse que o grupo correu grande perigo e que poderia ter havido um deslizamento. “Eles não procuraram um guia de turismo. Se tivessem feito isso, saberiam que as trilhas estão fechadas, pois, no período de quadra chuvosa, não é época adequada para visitar as trilhas da serra”.


Os moradores contam que não foi a primeira vez que um grupo se perdeu na trilha. Para fazer uma trilha segura, o recomendado é que o passeio seja acompanhado por um guia profissional. Na serra, as condições do tempo mudam rapidamente e, às vezes, alguns caminhos são fechados.

fonte/foto/CIOPAER-CE/TvVerdesMares/PilotoPolicial

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