AEROPORTOS TÊM TRÁFEGO INTENSO PARA PLATAFORMAS

A cada cinco minutos, os alto-falantes do aeroporto anunciam o próximo voo. Os destinos, porém, não são cidades, mas códigos alfanuméricos, como P-48 ou SS-73. O ritmo do embarque é rápido, mas insuficiente para desafogar o saguão, lotado já nas primeiras horas da manhã por centenas de homens de várias nacionalidades. Conta-se nos dedos o número de mulheres no local.

A cena repete-se todos os dias no saguão reservado à Petrobrás no Aeroporto de Macaé, principal ponto de partida para as sondas e plataformas petrolíferas da Bacia de Campos. São seis guichês de companhias de táxi aéreo que movimentaram, em janeiro, 25.525 passageiros em 1.557 voos - números que contribuem para colocar Macaé, no Rio de Janeiro, à frente de aeroportos de algumas capitais, como Boa Vista e Palmas.

O crescimento das atividades na região e a descoberta do pré-sal levou a Petrobrás a promover mudanças em seu sistema de transporte aéreo. Primeiro, está realocando voos para desafogar Macaé e reduzir risco de acidentes. O Aeroporto de Cabo Frio, por exemplo, vai receber pousos e decolagens para plataformas localizadas mais ao sul da Bacia de Campos. Outras rotas serão deslocadas para a base de Cabo de São Tomé, mais ao norte.

A outra alteração diz respeito à frota de helicópteros, que precisará de aeronaves de grande porte. Seis já chegaram ao Brasil e outras seis são esperadas este ano. "Com o pré-sal, a Petrobrás passou a pedir helicópteros que transportem mais passageiros e tenham mais autonomia", conta o presidente da Líder Táxi Aéreo, Eduardo Vaz.

A empresa encomendou três modelos S-92, fabricado pela americana Sikorsky, que pode transportar até 22 pessoas. Sua frota dedicada ao segmento quase dobrou em cinco anos. No ano passado, a gigante americana Bristow comprou 42,5% do capital da Sikorsky, numa operação que envolveu US$ 180 milhões.

fonte/Estado de S.Paulo

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