NAVIO MERCANTE DESAPARECIDO SE ENCONTRA PRÓXIMO A CABO VERDE, DIZ MILITAR


O navio mercante desaparecido "Arctic Sea", desaparecido desde final de julho, se encontra a cerca de 400 milhas náuticas (cerca de 750 km) de uma das ilhas do arquipélago de Cabo Verde, disse uma fonte militar da guarda costeira de Cabo Verde à agência de notícias AFP. O Ministério de Defesa da França também anunciou a informação.

"O navio 'Arctic Sea' se encontra a cerca de 400 milhas náuticas de uma das ilhas de Cabo Verde, ou seja, neste momento está fora das águas territoriais de Cabo Verde", disse esta fonte que pediu para permanecer no anonimato e não quis revelar o nome da ilha.


O arquipélago de Cabo Verde está situado no oceano Atlântico, a cerca de 450 km da costa de Senegal.

"A guarda costeira de Cabo Verde está em contato com as agências e organismos internacionais para informar, a todo momento, a evolução do avanço do navio", disse a fonte.

"A partir do momento em que o navio entre em nossa jurisdição, tomaremos a decisão (...) sobre quais medidas adotar", acrescentou.

O cargueiro finlandês com bandeira maltesa desapareceu misteriosamente em frente à costa de Portugal no final de julho. O "Arctic Sea", com tripulação russa e uma carga de madeira finlandesa avaliada em mais de € 1 milhão, contatou a guarda costeira do sul da Inglaterra em 28 de julho e deveria ter chegado a Bejaia, na Argélia, em 4 de agosto.

A Interpol preveniu os britânicos de que o cargueiro havia sido abordado em 24 de julho por homens mascarados em águas suecas do mar Báltico. Os assaltantes teriam permanecido a bordo do navio por cerca de doze horas.

A busca do navio se intensificou nos últimos dias. As especulações sobre o misterioso desaparecimento se multiplicaram. Alguns especialistas afirmaram que o cargueiro poderia ter sido vítima de uma nova forma de pirataria em águas europeias.

Segundo um porta-voz da Comissão Europeia (órgão Executivo da União Europeia), o navio mercante pode ter sofrido dois ataques, no que não parece ser uma ação de pirataria "tradicional". As comunicações via rádio recebidas indicam que a embarcação teria sido atacada duas vezes, a primeira em águas da Suécia e a segunda em Portugal, informou o porta-voz, Martin Selmayr.

Ele acrescentou que, segundo as informações disponíveis, os aparentes ataques "não têm nada a ver" com a pirataria ou com o assalto a mão armada em alto-mar tradicionais.

* Com informações da AFP, AP e EFE

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