MISTÉRIO RESOLVIDO - DRONE NAVEGOU POR MAIS DE 8.000 KMS
Depois de vários dias de suspense e mistério podemos revelar a origem do drone que surgiu na praia de Barreiras, em Icapuí, a 202 quilômetros de Fortaleza (Ceará).
Em dezembro do ano passado, o pescador José Evaristo da Silva encontrou o alvo aéreo militar em alto-mar. Segundo ele, estava a 18 milhas (32km) da costa de Icapuí. Mesmo sem saber o que era aquilo, Evaristo e mais cinco pescadores amarraram o equipamento ao barco e o rebocaram até a costa.
O artefato virou atração na cidade. Foram muitos os visitantes curiosos no local. Todos querendo registrar o objeto, que até então, era não-identificado. Defesa@Net realizou inúmeros contatos internacionais e através da UVS International, entidade internacional que congrega as atividade com veículos aéreos não tripulados (VANTs) na terminologia brasileira ou UAVs, termo adotado internacionalmente, obtivemos os dados para o esclarecimento definitivo.
Primeiro a identificação, que já tinha ocorrido até por amadores. Era um Drone Do-DT25 IR produzido pela EADS Defense Security. Um projeto ainda da antiga empresa alemã Dornier, que hoje faz parte do conglomerado EADS. Equipamento usado para exercício de defesa aérea tanto para testes de sistemas de defesa aérea e de bordo e de mísseis em especial com guia infravermelha.
Teorias conspiratórias
Como o drone pode ter sido “pescado” na costa brasileira? O link direto foi com a Operação CRUZEX realizada exatamente entre as bases aéreas de Fortaleza (CE) e Natal (RN) no mês de Novembro de 2008. Portanto poderia ter sido perdido ou fruto de uma manobra secreta entre o Brasil e a França após a realização oficial da CRUZEX. Fontes consultadas por DEFESA@NET negaram que tenham sido realizados disparos de armas reais antes , durante ou após a CRUZEX. (Tanto de tiros de canhões como lançamento de mísseis).
O jornal O Povo, na edição de hoje, traz hipóteses ainda mais estranhas e menciona inclusive o envolvimento da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) na investigação da origem do drone.
O mistério resolvido
A Luftwaffe (Força Aérea Alemã) e outras Forças Aéreas, em especial da Europa, têm usado o campo de provas de Overberg da Força Aérea da África do Sul (SAAF) localizado em Cape West. Inúmeras armas avançadas têm sido testadas em Overberg, como o sistema de armas Taurus KEPD 350, que foi noticiado por Defesa@Net em 2004. É possível que testes de mísseis de última geração como o missil BVR METEOR também sejam testados ali.
O atual drone foi perdido em um exercício de defesa aérea realizado entre a Luftwaffe e a SAAF, em março de 2008. Por erro ou intencionalmente o drone foi atingido durante o exercício. Esta é a informação recebida por Defesa@Net através de fontes alemãs. Porém é possível que tenha sido durantes testes de qualificação de algum armamento avançado.
O drone é equipado com pára-quedas para a sua recuperação posterior, mas devido aos danos este não abriu. Os técnicos alemães avaliaram que ele tivesse sido totalmente destruído e sem recuperação possível, tendo caído no mar exatamente na região do Cabo de Boa Esperança. O drone foi recolhido pela FAB e está sob sua guarda desde o dia 14 de Janeiro.
As correntes Marinhas
O desconhecimento de muitos é de que o fluxo das correntes marinhas é na direção da África para a costa do Brasil. O que tornou possível, por exemplo, a travessia a remo do navegante solitário brasileiro Amyr Klink anos atrás.
O mesmo caminho tomou o drone navegante, que percorreu mais de 8000 km desde o Cabo da Boa Esperança, até a costa do Ceará onde foi “pescado” em fins de Dezembro. Em 9 meses o drone percorreu mais de 8.000km considerando as correntes marinhas pode ser bem maior a distância.
O Do-DT25IR é um drone lançado por meio pneumático por produzido pela EADS Military Air Systems Aerial Target Services. Durante o vôo é lançado uma fita que prova os acertos em especial no caso de canhões de bordo. No caso de mísseis estes geralmente são explodidos antes de atingir o drone ou não levam carga explosiva.Os drones permitem cria cenários de alvos de média e alta altitude para testar armas avançadas. No caso do Do_DT25IR é equipado com duas turbinas para gerar uma imagem térmica constante em especial para mísseis com cabeças térmicas.Desde 1988 a EADS é o contratista principal para o fornecimentos de drones e VANTs para serem usados como alvos no complexo de testes da OTAN localizado em Creta (Grécia).
Defesa@NetO editor agradece ao leitor Eliatan Borges e a Peter van Blyenburgh da UVS International que muito ajudaram na coleta de dados para este artigo.
fonte: Defesa @ Net
Em dezembro do ano passado, o pescador José Evaristo da Silva encontrou o alvo aéreo militar em alto-mar. Segundo ele, estava a 18 milhas (32km) da costa de Icapuí. Mesmo sem saber o que era aquilo, Evaristo e mais cinco pescadores amarraram o equipamento ao barco e o rebocaram até a costa.
O artefato virou atração na cidade. Foram muitos os visitantes curiosos no local. Todos querendo registrar o objeto, que até então, era não-identificado. Defesa@Net realizou inúmeros contatos internacionais e através da UVS International, entidade internacional que congrega as atividade com veículos aéreos não tripulados (VANTs) na terminologia brasileira ou UAVs, termo adotado internacionalmente, obtivemos os dados para o esclarecimento definitivo.
Primeiro a identificação, que já tinha ocorrido até por amadores. Era um Drone Do-DT25 IR produzido pela EADS Defense Security. Um projeto ainda da antiga empresa alemã Dornier, que hoje faz parte do conglomerado EADS. Equipamento usado para exercício de defesa aérea tanto para testes de sistemas de defesa aérea e de bordo e de mísseis em especial com guia infravermelha.
Teorias conspiratórias
Como o drone pode ter sido “pescado” na costa brasileira? O link direto foi com a Operação CRUZEX realizada exatamente entre as bases aéreas de Fortaleza (CE) e Natal (RN) no mês de Novembro de 2008. Portanto poderia ter sido perdido ou fruto de uma manobra secreta entre o Brasil e a França após a realização oficial da CRUZEX. Fontes consultadas por DEFESA@NET negaram que tenham sido realizados disparos de armas reais antes , durante ou após a CRUZEX. (Tanto de tiros de canhões como lançamento de mísseis).
O jornal O Povo, na edição de hoje, traz hipóteses ainda mais estranhas e menciona inclusive o envolvimento da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) na investigação da origem do drone.
O mistério resolvido
A Luftwaffe (Força Aérea Alemã) e outras Forças Aéreas, em especial da Europa, têm usado o campo de provas de Overberg da Força Aérea da África do Sul (SAAF) localizado em Cape West. Inúmeras armas avançadas têm sido testadas em Overberg, como o sistema de armas Taurus KEPD 350, que foi noticiado por Defesa@Net em 2004. É possível que testes de mísseis de última geração como o missil BVR METEOR também sejam testados ali.
O atual drone foi perdido em um exercício de defesa aérea realizado entre a Luftwaffe e a SAAF, em março de 2008. Por erro ou intencionalmente o drone foi atingido durante o exercício. Esta é a informação recebida por Defesa@Net através de fontes alemãs. Porém é possível que tenha sido durantes testes de qualificação de algum armamento avançado.
O drone é equipado com pára-quedas para a sua recuperação posterior, mas devido aos danos este não abriu. Os técnicos alemães avaliaram que ele tivesse sido totalmente destruído e sem recuperação possível, tendo caído no mar exatamente na região do Cabo de Boa Esperança. O drone foi recolhido pela FAB e está sob sua guarda desde o dia 14 de Janeiro.
As correntes Marinhas
O desconhecimento de muitos é de que o fluxo das correntes marinhas é na direção da África para a costa do Brasil. O que tornou possível, por exemplo, a travessia a remo do navegante solitário brasileiro Amyr Klink anos atrás.
O mesmo caminho tomou o drone navegante, que percorreu mais de 8000 km desde o Cabo da Boa Esperança, até a costa do Ceará onde foi “pescado” em fins de Dezembro. Em 9 meses o drone percorreu mais de 8.000km considerando as correntes marinhas pode ser bem maior a distância.
O Do-DT25IR é um drone lançado por meio pneumático por produzido pela EADS Military Air Systems Aerial Target Services. Durante o vôo é lançado uma fita que prova os acertos em especial no caso de canhões de bordo. No caso de mísseis estes geralmente são explodidos antes de atingir o drone ou não levam carga explosiva.Os drones permitem cria cenários de alvos de média e alta altitude para testar armas avançadas. No caso do Do_DT25IR é equipado com duas turbinas para gerar uma imagem térmica constante em especial para mísseis com cabeças térmicas.Desde 1988 a EADS é o contratista principal para o fornecimentos de drones e VANTs para serem usados como alvos no complexo de testes da OTAN localizado em Creta (Grécia).
Defesa@NetO editor agradece ao leitor Eliatan Borges e a Peter van Blyenburgh da UVS International que muito ajudaram na coleta de dados para este artigo.
fonte: Defesa @ Net
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