ATUALIZADO - PILOTO CONTINUA DESAPARECIDO - CAÇAS DA MARINHA DO BRASIL COLIDEM NO AR
O sumiço do piloto e do caça AF-1 Skyhawk da Marinha após um acidente
durante um treinamento padrão de ataque a alvos de superfície na costa
de SAQUAREMA,
Região dos Lagos, completa uma semana nesta terça-feira (2). Nenhum
vestígio ou destroço da aeronave foi encontrado até o momento, segundo a
Marinha, que também não divulgou o nome do piloto. De acordo com o
órgão, que abriu um Inquérito Policial Militar, também não há avanços na
investigação sobre as causas que levaram ao choque das aeronaves do ar.
O prazo para a apresentação de um parecer é de até 60 dias após a
abertura do processo, no dia 27.
A Marinha segue fazendo buscas sem interrupção na costa da Praia de Jaconé, mas continua sem pistas sobre a localização do militar, que decolou com a aeronave em São Pedro da Aldeia na tarde de terça-feira (26) e não retornou. O outro caça AF-1 Skyhawk, que também participava do treinamento e se envolveu no acidente, retornou com segurança para a Base Aérea Naval.
O G1 fez uma série de questionamentos para a Marinha nesta segunda-feira (1º) sobre que tipos de localizadores a aeronave tinha, quando foi a última vez que o caça foi visto nos radares de voos ou se existe algum tipo de ponto cego no espaço aéreo brasileiro na costa de Saquarema, mas até o momento não obteve respostas da companhia.
Navio-sonda
O navio-sonda de Pesquisa Hidroceanográfico "Vital de Oliveira", da Marinha do Brasil, atua próximo à costa de Saquarema desde a quarta-feira (27) junto com outras embarcações. Helicópteros estão sobrevoando o mar para tentar encontrar vestígios do caça. Agentes dos bombeiros fazem varreduras na areia com quadriciclos.
O navio tem 78 metros de comprimento, possui cinco laboratórios e tem capacidade para 130 pessoas.
Entre os equipamentos estão ecobatímetros multifeixe, perfilador de velocidade do som e sonar de varredura lateral. A embarcação pode ser operada remotamente.
A Marinha segue fazendo buscas sem interrupção na costa da Praia de Jaconé, mas continua sem pistas sobre a localização do militar, que decolou com a aeronave em São Pedro da Aldeia na tarde de terça-feira (26) e não retornou. O outro caça AF-1 Skyhawk, que também participava do treinamento e se envolveu no acidente, retornou com segurança para a Base Aérea Naval.
Navio-sonda faz buscas por piloto desaparecido em Saquarema (Foto: Reprodução/ Inter TV)
O G1 fez uma série de questionamentos para a Marinha nesta segunda-feira (1º) sobre que tipos de localizadores a aeronave tinha, quando foi a última vez que o caça foi visto nos radares de voos ou se existe algum tipo de ponto cego no espaço aéreo brasileiro na costa de Saquarema, mas até o momento não obteve respostas da companhia.
O navio-sonda de Pesquisa Hidroceanográfico "Vital de Oliveira", da Marinha do Brasil, atua próximo à costa de Saquarema desde a quarta-feira (27) junto com outras embarcações. Helicópteros estão sobrevoando o mar para tentar encontrar vestígios do caça. Agentes dos bombeiros fazem varreduras na areia com quadriciclos.
O navio tem 78 metros de comprimento, possui cinco laboratórios e tem capacidade para 130 pessoas.
Entre os equipamentos estão ecobatímetros multifeixe, perfilador de velocidade do som e sonar de varredura lateral. A embarcação pode ser operada remotamente.
Foto do Skyhawak da Marinha do Brasil, versão biplace, arquivo pessoal.
O acidente aconteceu a 24 milhas da costa - cerca de 44 km. Uma grande operação de resgate está em curso com helicópteros, navios e outras embarcações.
Um corretor de imóveis gravou um áudio relatando o que ouviu na hora do acidente.
"Eu tava de caiaque, pescando dentro d'água. Eu ouvi um barulho e eu vi a localização onde levantou a água. Inclusive, o navio da Marinha agora, nesse momento, tá onde eu ouvi o barulho. E eu senti um cheiro diferente, como se fosse um óleo, no ar, um querosene, alguma coisa desse tipo assim, e um risco de fumaça. Aí, não levou muito tempo, começou navio, barco, um monte de coisa, e um helicóptero rodando em cima da gente. Foi onde eu fiquei nervoso. Mas só fui saber o que era mesmo quando eu fui pra fora d'água. Na hora daquele barulho, daquele impacto na água, eu achei que fosse uma baleia, alguma jubarte, alguma coisa", revelou o corretor, Tathiano Sobral.
Um corretor de imóveis gravou um áudio relatando o que ouviu na hora do acidente.
"Eu tava de caiaque, pescando dentro d'água. Eu ouvi um barulho e eu vi a localização onde levantou a água. Inclusive, o navio da Marinha agora, nesse momento, tá onde eu ouvi o barulho. E eu senti um cheiro diferente, como se fosse um óleo, no ar, um querosene, alguma coisa desse tipo assim, e um risco de fumaça. Aí, não levou muito tempo, começou navio, barco, um monte de coisa, e um helicóptero rodando em cima da gente. Foi onde eu fiquei nervoso. Mas só fui saber o que era mesmo quando eu fui pra fora d'água. Na hora daquele barulho, daquele impacto na água, eu achei que fosse uma baleia, alguma jubarte, alguma coisa", revelou o corretor, Tathiano Sobral.
Em
nota, a Marinha confirmou a colisão entre as aeronaves e detalhou a
estrutura que está sendo utilizada na operação de resgate. O acidente
foi durante um treinamento padrão de ataque a alvos de superfície. Uma
fragata participava do treinamento, a cerca de 100 Km do litoral.
A
aeronave que caiu no mar é do modelo AF-1 Skyhawk da Marinha do Brasil.
O outro caça envolvido na batida voltou com segurança para a Base Aérea
Naval de São Pedro da Aldeia, de onde ambos haviam saído.
Os aviões AF-1 Skyhawk foram
comprados pelo Brasil do Kuwait, depois da Guerra do Golfo, e
participaram de missões de combate da Operação Tempestade no Deserto no
início de 1991. A Marinha do Brasil possui 23 exemplares do Skyhawk da
versão A-4KU.
O projeto de modernização das aeronaves incluiu o uso de equipamentos de ponta desenvolvidos com tecnologia brasileira.
Leia a íntegra da nota enviada pela Marinha:
"A
Marinha do Brasil, em complemento à nota publicada anteriormente,
informa que duas aeronaves AF-1B encontravam-se realizando treinamento
de ataque a alvos de superfície com a Fragata "Liberal", a cerca de 100
Km ao largo do litoral de Saquarema-RJ. Durante o voo de afastamento do
navio, em formatura tática, para a realização de um novo ataque, houve a
colisão entre as aeronaves, com a provável ejeção do piloto e queda de
uma delas no mar. As operações de busca e salvamento foram iniciadas
imediatamente com o emprego de navios, aeronaves, além de lanchas de
apoio do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. A segunda
aeronave conseguiu retornar e pousar, com segurança, na Base Aérea Naval
de São Pedro da Aldeia-RJ. Até o momento, o piloto não foi encontrado.
As buscas prosseguirão pelo período noturno com o emprego de navios e
aeronaves."
fonte/foto/G1/fotoRobertoFantinel
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