EMBRAER FATURA US$ 1 BI COM PACOTE ASSINADO COM A CHINA



Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang. Foto: Divulgação Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang. Foto: Divulgação

A Embraer foi uma das empresas brasileiras beneficiadas no pacote de 35 acordos assinados ontem entre China e Brasil, que prevê investimentos no país da ordem de US$ 53 bilhões.
Líder mundial na fabricação de jatos comerciais de até 130 assentos, com sede em São José, a fabricante confirmou a venda de 22 aeronaves para a companhia aérea Tianjin Airlines, subsidiária do Grupo HNA.
O contrato tem valor estimado em US$ 1,1 bilhão, pelo atual preço de lista, e compreende 20 jatos E195 e dois E190-E2, o que torna a Tianjin Airlines a primeira companhia aérea chinesa a adquirir a nova família de jatos da Embraer, batizada de E2.
A compra de outros 18 jatos E190-E2, com custo estimado em US$ 1 bilhão, também faz parte do pacote, mas dependerá de uma segunda aprovação das autoridades chinesas em uma fase posterior.
“A China está crescendo muito rapidamente e há necessidade por jatos menores para apoiar operações de alimentação de tráfego em grandes aeroportos”, disse, em nota, Paulo Cesar Silva, presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial.
Além da empresa, os acordos assinados durante visita oficial do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, beneficiam a Petrobras, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Jacareí.

Negócios. “O Plano de Ação Conjunta 2015-2021, que assinei com o primeiro-ministro, inaugura uma etapa superior em nosso relacionamento”, disse, por meio de nota, a presidente Dilma Rousseff.
Acompanharam Keqiang na visita ao Brasil uma delegação de 120 empresários chineses, que prospectam negócios e investimentos no país.
“Teremos a oportunidade de dialogar com o empresariado dos dois países sobre o importante papel que exercem nesse processo de aproximação”, afirmou a presidente.
As trocas comerciais entre os dois países alcançaram US$ 77,9 bilhões em 2014, com superávit brasileiro de US$ 3,3 bilhões.

Região. Entre os acordos bilaterais que podem beneficiar a região, estão o financiamento de projetos da Petrobras, no valor de US$ 7 bilhões, e a assinatura de protocolo complementar para a pesquisa e produção do satélite de recursos terrestres Cbers-4A, em parceria com o Inpe.
Segundo especialistas, também interessam o memorando de entendimento firmado entre Brasil e China que vai beneficiar as áreas de sensoriamento remoto, telecomunicações e tecnologia da informação, com forte atuação de empresas e institutos da região.
“A China é o parceiro econômico do futuro”, resumiu o economista Marcos Barbieri, coordenador do Laboratório de Estudos das Indústrias Aeroespaciais e de Defesa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Para ele, as empresas da região, como a Embraer, acertam ao mirar a China em seus negócios, em razão do avanço que a economia chinesa vem tendo no plano global.
Hoje, ela é a segunda maior do mundo, só perdendo para a dos Estados Unidos.
“O importante é ter a China como parceiro comercial”, disse o especialista.

fonte/foto/OVale

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