O AVIÃO DA SELEÇÃO BRASILEIRA TERÁ PINTURA DOS GRAFITEIROS OS GÊMEOS

Vai ser fácil identificar o avião que transportará a seleção brasileira na Copa do Mundo. A fuselagem do Boeing 737 foi decorada com uma pintura assinada pelos gêmeos Otávio e Gustavo Pandolfo, grafiteiros internacionalmente conhecidos com trabalhos em vários países da Europa, Estados Unidos e Cuba.

A intenção deles é que o público se identifique com algum dos rostos pintados no avião. "Todo mundo já pensou em caminhar sobre as nuvens. E isto só é possível com um avião e as caras pintadas nele", explica Otávio.

O jato ficará à disposição da seleção durante toda a Copa do Mundo. Neste período também fará rotas normais diz Florence Scappini, diretora da Marketing da Gol. Isto significa que passageiros da companhia poderão pegar o avião customizado.
O voo inaugural será realizado na tarde desta terça-feira entre Belo Horizonte e São Paulo. A empresa informa que quando ele não estiver transportando a seleção, atenderá as viagens conforme a demanda diária. Terminada a competição, será incorporado a frota.

Os próprios autores da obra confessam que gostariam de voar no Boeing que ficará com o grafite na fuselagem por dois anos. "Neste tempo pelo menos uma vezinha tem que dar", diz Gustavo. 

O resultado final agradou bastante os funcionários do hangar da Gol no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. Mas o engenheiro de interiores e pintura, Alexandre Martins, não esconde que no início tudo soava muito estranho.
"Achei muito legal, eles são muito bons. Mas no começo não entendi nada. Eles começaram rabiscando com spray, fazendo caras e na hora a gente não sabe o que vai acontecer"
Parte do sucesso do projeto tem a ver com o trabalho do engenheiro. Antes de tudo começar foram feitos testes para descobrir como fazer para a tinta aderir à fuselagem. A pintura antiga foi raspada e o spray aplicado. Martins acrescenta que depois é passado um verniz para proteger contra os raios UVA e UVB. 

A previsão inicial era de levar 15 dias para concluir o serviço, mas tudo acabou em uma semana. O processo consumiu cerca de 1,2 mil latas de spray. Martins explica que as asas não foram pintadas por questão de segurança. "O cinza foi mantido porque é mais fácil de detectar problemas como vazamentos ou danos".

font/foto/UOL/

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