INFRAERO COMEÇA DISCUSSÕES SOBRE O QUE FAZER COM ;AREA DO AEROPORTO AUGUSTO SEVERO
De aeroporto a complexo multiuso
A Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) quer transformar a área que
abriga o Aeroporto Augusto Severo, em Parnamirim, em um grande complexo
empresarial. A ideia, porém, ainda está em fase embrionária e não há
prazo para um possível projeto sair do papel.
Discussões nesse
sentido, no entanto, estão em curso e são necessárias porque o Augusto
Severo será desativado em menos de um ano, quando o aeroporto de São
Gonçalo do Amarante – atualmente em construção – começar a operar. A
previsão é que isso ocorra a partir do dia 1º de abril de 2014, a tempo
da Copa do Mundo de Futebol.
Os estudos que definirão o que será
feito da área já começaram a ser elaborados pela equipe técnica da
estatal, responsável pela administração do empreendimento. A Infraero,
no entanto, quer ouvir o poder público e o empresariado antes de bater o
martelo. O destino da área será discutido amanhã com Aeronáutica,
governo do estado e Município, em reunião na Base Aérea. Outras reuniões
são previstas.
“Temos várias ideias. Aquela área pode abrigar
hotéis, cinema, centro de convenções, teatro, shopping, concessionárias
de veículos e até fábricas de aeronaves”, explica Fernando Nicácio,
superintendente regional da Infraero. “Ouso a dizer que poderemos ter
mais receitas nesta área do que temos atualmente com a atividade de
aviação”, afirmou ele, em audiência pública sobre o destino da área, na
Câmara Municipal de Parnamirim, no início do mês. O superintendente não
informou qual é a receita do aeroporto.
A Infraero, de acordo com
ele, aguarda o zoneamento do terreno, que ocupa 5,5 milhões de hectares
– o equivalente a 28 estádios do Maracanã, considerado um dos maiores
do mundo – para elaborar o projeto básico e começar a negociação com as
empresas. “Temos um pote de ouro. O que precisamos é explorá-lo
adequadamente”, diz Nicácio, afirmando que o intuito da estatal, que
administra aeroportos em todo o país, é gerar mais emprego e renda na
cidade.
Apesar da expectativa, ainda não há data para concluir o
projeto básico, cuja elaboração dependerá ainda do resultado das
reuniões realizadas no estado. “Prefiro não fixar uma data. O que posso
dizer é que com a conclusão do projeto básico, daremos início as
licitações. Sabemos que essa será a fase mais ‘trabalhosa’”, admite o
superintendente regional da estatal, sem informar quanto tempo a
estrutura passará ociosa – após ser desativada e os voos transferidos
para o novo aeroporto do estado, em São Gonçalo do Amarante.
Administração
A
área, esclarece Nicácio, será administrada pela Força Aérea e pela
Infraero. “Vamos discutir o que será ocupado pela Aeronáutica e o que
poderá ser ocupado pela Infraero”.
O terreno, diz o
superintendente, é da União, e não deverá ser cedido para o Estado, como
deseja o governo local. “O empreendimento vai ser administrado pela
Infraero”, acrescenta Nicácio, que não sabe quanto a estatal terá que
investir na área para transformá-la num complexo empresarial nem quanto o
investimento poderá render no futuro à Infraero.
O governo do
estado, que enviou para análise do gabinete civil um ofício pedindo a
retomada do terreno, reafirmou o interesse em recuperar à área - que
segundo o secretário estadual de Turismo, Renato Fernandes, foi cedida à
Infraero para a construção do aeroporto. O secretário explicou, porém,
que apoiará o projeto, mesmo que o terreno permaneça sob posse da União.
“O que queremos é que o local se transforme numa área de captação de
investimentos”, disse.
fonte/TribunaDoNorte
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