"O VOO", QUE RENDEU INDICAÇÃO AO OSCAR PARA DENZEL WASHINGTON, ESTRÉIA SEXTA
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fonte/ZeroHora
Denzel Washington é Whip Whitaker, piloto alcoólatra que evita uma catástrofe
Foto:
Paramount / Divulgação
Denzel Washington não ganhará o Oscar – a menos que o imponderável
arranque a estatueta de melhor ator de Daniel Day-Lewis, o protagonista
de Lincoln consagrado antecipadamente por grande parte da crítica.
Mas O Voo, estreia desta sexta-feira (8/2), reconduz um dos grandes nomes de Hollywood a um trabalho de destaque, depois de um caminho irregular nos últimos anos.
Dirigido por Robert Zemeckis (De Volta para o Futuro, Forrest Gump – O Contador de Histórias e Náufrago), O Voo faz o espectador cravar os dedos na poltrona logo nos primeiros minutos. Denzel vive Whip Whitaker, piloto do avião que realizará o curto trajeto entre Orlando e Atlanta forçado a domar a aeronave que sacode violentamente ao atravessar uma tempestade e sofrer uma pane. Depois de uma sequência surpreendente de manobras e improvisos, o comandante consegue aterrissar em condições muito precárias. O saldo de seis mortes entre os 102 a bordo não impede que ele seja saudado como herói, mas o salvador troca de posição sem demora.
Whitaker é alcoólatra, e exames comprovam que ele estava trabalhando sob efeito de bebida. A investigação que começa a ser conduzida deve esclarecer se falhas mecânicas chacoalharam e quase derrubaram o voo 227 da Southjet ou se a imperícia resultante da cerveja e do uísque baratos é que jogaram uma centena de pessoas contra o chão.
– Foi um prazer embarcar nessa jornada e, de certa maneira, me expor. Visitei alguns lugares sombrios, guiado por um roteiro muito forte – disse Denzel na coletiva de imprensa realizada em um hotel de Beverly Hills, dias antes da estreia do longa nos cinemas americanos.
O roteiro é de John Gatins, jovem autor agora indicado ao Oscar que sofreu, na adolescência, com a dependência de álcool. Além da boa atuação de Denzel, vencedor do Oscar de melhor ator por Dia de Treinamento (2001) e de coadujante por Tempo de Glória (1989), o elenco oferece outras notáveis, ainda que breves, participações. John Goodman é o divertido Harling Mays, camarada que surge na hora ruim para abastecer o amigo em desgraça com carreiras de cocaína. Don Cheadle (Crash – No Limite) interpreta o advogado Hugh Lang, encarregado de livrar o mocinho da cadeia, e Kelly Reilly se destaca como a perturbada Nicole, a namorada viciada em heroína. Melissa Leo (Oscar de melhor atriz coadjuvante por O Vencedor, de 2010) entra ao final para contracenar com Denzel na sequência mais tocante.
O Voo não exagera no drama e não reforça os clichês habituais dos enredos de derrocada e superação, mas flerta desajeitadamente com o riso em alguns trechos. Mesmo com a empatia imediata de Goodman, há cenas que destoam do contexto. Segundo Zemeckis, também piloto de avião – e esta habilidade concede grande veracidade à encenação –, o propósito é exatamente esse.
– Filmes devem ser entretenimento. É por isso que você vai ao cinema. Pode ser um tema sombrio, sério e complexo, mas não acredito que tenha que abdicar de humor, ação ou suspense – define o diretor. – E sempre poderei contar com alguém como John – completa, rindo.
Mas O Voo, estreia desta sexta-feira (8/2), reconduz um dos grandes nomes de Hollywood a um trabalho de destaque, depois de um caminho irregular nos últimos anos.
Dirigido por Robert Zemeckis (De Volta para o Futuro, Forrest Gump – O Contador de Histórias e Náufrago), O Voo faz o espectador cravar os dedos na poltrona logo nos primeiros minutos. Denzel vive Whip Whitaker, piloto do avião que realizará o curto trajeto entre Orlando e Atlanta forçado a domar a aeronave que sacode violentamente ao atravessar uma tempestade e sofrer uma pane. Depois de uma sequência surpreendente de manobras e improvisos, o comandante consegue aterrissar em condições muito precárias. O saldo de seis mortes entre os 102 a bordo não impede que ele seja saudado como herói, mas o salvador troca de posição sem demora.
Whitaker é alcoólatra, e exames comprovam que ele estava trabalhando sob efeito de bebida. A investigação que começa a ser conduzida deve esclarecer se falhas mecânicas chacoalharam e quase derrubaram o voo 227 da Southjet ou se a imperícia resultante da cerveja e do uísque baratos é que jogaram uma centena de pessoas contra o chão.
– Foi um prazer embarcar nessa jornada e, de certa maneira, me expor. Visitei alguns lugares sombrios, guiado por um roteiro muito forte – disse Denzel na coletiva de imprensa realizada em um hotel de Beverly Hills, dias antes da estreia do longa nos cinemas americanos.
O roteiro é de John Gatins, jovem autor agora indicado ao Oscar que sofreu, na adolescência, com a dependência de álcool. Além da boa atuação de Denzel, vencedor do Oscar de melhor ator por Dia de Treinamento (2001) e de coadujante por Tempo de Glória (1989), o elenco oferece outras notáveis, ainda que breves, participações. John Goodman é o divertido Harling Mays, camarada que surge na hora ruim para abastecer o amigo em desgraça com carreiras de cocaína. Don Cheadle (Crash – No Limite) interpreta o advogado Hugh Lang, encarregado de livrar o mocinho da cadeia, e Kelly Reilly se destaca como a perturbada Nicole, a namorada viciada em heroína. Melissa Leo (Oscar de melhor atriz coadjuvante por O Vencedor, de 2010) entra ao final para contracenar com Denzel na sequência mais tocante.
O Voo não exagera no drama e não reforça os clichês habituais dos enredos de derrocada e superação, mas flerta desajeitadamente com o riso em alguns trechos. Mesmo com a empatia imediata de Goodman, há cenas que destoam do contexto. Segundo Zemeckis, também piloto de avião – e esta habilidade concede grande veracidade à encenação –, o propósito é exatamente esse.
– Filmes devem ser entretenimento. É por isso que você vai ao cinema. Pode ser um tema sombrio, sério e complexo, mas não acredito que tenha que abdicar de humor, ação ou suspense – define o diretor. – E sempre poderei contar com alguém como John – completa, rindo.
fonte/ZeroHora
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