POLEMICA NO INQUÉRITO DE DESASTRES AÉREOS EM PORTUGAL

Este é um dos anos mais mortíferos da aviação ligeira em Portugal, que já vitimou nove pessoas em 13 acidentes. Mas o responsável da única entidade independente para investigar os desastres aéreos está demissionário desde Maio. O organismo tem apenas um investigador para concluir os 23 inquéritos abertos.

Ao SOL, o responsável pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA), tenente coronel Fernando Reis, confirmou o pedido demissão feito ao secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro, recusando adiantar os motivos que o justificam.

Mas entre eles está, certamente, a falta de especialistas para investigar os 13 acidentes destes ano e a maioria dos inquéritos abertos em 2011. Dos quatro investigadores que integravam o gabinete, resta apenas um. O problema, ao que o SOL apurou, está ligado á degradação do ambiente de trabalho no organismo e também ao facto de os profissionais na reforma terem ficado impedidos por lei de acumular a pensão com a avença que recebiam no GPIAA. Como não lhes foi dada alternativa, a não ser «trabalharem de graça», abandonaram o organismo: o primeiro deixou o GPIAA no início de 2011 e os outros dois no final do mesmo ano.

«Não só não recebi salário durante quatro meses, como paguei todas as despesas de deslocação, portagens, combustível, estacionamento e refeições», contou ao SOL um desses investigadores. Fonte da Secretaria de Estado dos Transportes diz que nada foi ainda decidido quanto à demissão do director, mas garante que a criação de um regime de excepção para estes investigadores reformados serem pagos é uma das soluções que serão «equacionadas no Orçamento de 2013». 
 
fonte/Sapo.pt

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