TARIFAS AÉREAS DEVEM AUMENTAR COM PREÇO DO PETRÓLEO, DIZ ASSOCIAÇÃO


Passageiros estão se deparando com tarifas mais altas, já que as companhias aéreas tentam repassar um incremento estimado em US$ 50 bilhões no preço dos combustíveis este ano, afirmou um órgão líder do setor na Ásia nesta sexta-feira. Andrew Herdman, diretor-geral da Associação de Companhias Aéreas da Ásia-Pacífico, disse que as tarifas terão que aumentar 10% para compensar os altos preços do petróleo, mas analistas questionaram se as companhias conseguirão repassar os custos por completo.

Seus comentários antecipam o encontro anual da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), no qual companhias aéreas globais devem cortar suas previsões de lucro. "No ano passado, quase nos acostumamos ao preço (do petróleo) a US$ 80 o barril e tivemos um ótimo ano. Mas com os preços a US$ 100 ou mais, o desafio agora é como repassar o alto custo", disse Herdman em uma entrevista.

"No momento, o setor está basicamente lidando com um aumento de custo anualizado de US$ 50 bilhões e isso deve elevar as tarifas. Quando as receitas estão (ao redor) de US$ 500 bilhões, as taxas têm que aumentar em 10%", acrescentou. 

Em 2010, o setor se recuperou da recessão mais rápido que o esperado, reportando lucro recorde de US$ 16 bilhões graças ao crescimento da demanda e a estratégias para aumentar a capacidade de passageiros. Mas o Iata afirmou que sua recente previsão de lucro de US$ 8,6 bilhões em 2011 agora parece otimista e pode ser reduzida na segunda-feira. 

O Iata usou um preço médio de US$ 96 o barril para o petróleo tipo Brent quando calculou sua previsão, mas o preço médio anual até o momento já passa de US$ 110 o barril. Herdman disse que um preço médio de US$ 120 para o barril pode resultar em perdas anuais para o setor, porque opera em marges razoavelmente apertadas.

No pico da recessão global em 2009, o setor reportou uma perda anual de quase US$ 10 bilhões, forçando as companhias aéreas a reduzir sua capacidade ao tirar aeronaves de circulação e reduzir sua ocupação. 

fonte/Reuters

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