LUCROS DO SETOR AÉREO DEVEM CAIR PELA METADE EM 2011, DIZ IATA

International Air Transport AssociationImage via Wikipedia
Os ganhos líquidos das companhias aéreas em todo o mundo devem diminuir pela metade este ano, em meio ao cenário de aumento de custos, especialmente por preços de combustíveis, ofuscando a crescente demanda, afirmou nesta quarta-feira a Iata, associação mundial que representa o setor. O resultado deve levar a uma margem líquida de apenas 1,4% em 2011, ante 2,9% no ano passado.
O diretor geral da Iata, Giovanni Bisignani, disse durante coletiva de imprensa que aumento de taxas, como as arrecadadas no valor das passagens, representam outra ameaça para a indústria que vem lutando para se recuperar. O executivo chamou a atenção do governo para que revise as regulações para sustentar a lucratividade do setor. "Estamos constantemente andando na corda bamba com margens muito baixas, e não há um amortecedor", disse ele. "Esta indústria é muito, muito frágil", acrescentou
.A Iata estima que o lucro líquido do setor some US$ 8,6 bilhões este ano, abaixo dos US$ 9,1 bilhões previstos em dezembro. O lucro líquido para o fechado de 2010 é projetado em US$ 16 bilhões, revisado para acima dos US$ 15,1 bilhões estimados no final do ano anterior.O resultado deste ano deve ser apoiado em receitas de US$ 594 bilhões, contra US$ 552 bilhões no último ano, conforme previsões da Iata.
As receitas se contrapõem ao endividamento da indústria, que é de US$ 210 bilhões, acrescentou Bisignani.As projeções da entidade consideram preço médio do petróleo de US$ 96 por barril este ano, contra US$ 79,4 em 2010. Como resultado, os gastos do setor com combustíveis devem saltar para US$ 166 bilhões em 2011 - 29% dos custos totais -, comparados a US$ 139 bilhões, ou 26%, no ano passado. Bisignani disse que cada aumento de US$ 1 na cotação do petróleo resulta em acréscimo de US$ 1,6 bilhão em custos para companhias aéreas
.A Iata não quis comentar se os aumentos nos preços do petróleo levariam a maiores valores de passagens, afirmando que a questão depende de cada empresa.
fonte/Reuters/UOL
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