RELATÓRIO PRELIMINAR REVELA QUE TAAG CUMPRIU REGRAS DE SEGURANÇA

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A primeira avaliação aponta para uma avaria no sistema de injecção de combustível que provocou danos no motor. 

A investigação preliminar ao incidente com o Boeing 777 da TAAG, que em Dezembro deixou cair peças na zona de Almada e Seixal, revela que a companhia aérea angolana cumpria todas as regras de segurança e aponta para uma avaria no sistema de injecção de combustível como causa para a paragem de um dos motores.

O relatório preliminar, divulgado no início do mês e a que o Diário Económico teve acesso, refere que "é de suspeitar de funcionamento defeituoso de um ou mais injectores de combustível", o que terá provocado uma progressão de danos, obrigando a tripulação a desligar um dos motores antes de regressar ao aeroporto da Portela.

No documento, lê-se que o avião "tinha certificado de navegabilidade válido e tinha cumprido com o programa de manutenção aprovado". Também a tripulação do 777 "tinha as suas licenças e certificados médicos válidos e encontrava-se qualificada para operar a aeronave e a rota, sem limitações ou restrições". 

Os investigadores portugueses informam, no mesmo documento, que a General Electrics, fabricante dos motores em causa, distribuiu por todos os operadores deste tipo de motor, uma carta de informação sobre o que aconteceu com a aeronave da TAAG.  O resultado preliminar indica que o fabricante recomenda aos operadores das aeronaves B-777 que efectuem um exame borescópico que cubra toda a zona da câmara de combustão e turbinas. A investigação é acompanhada por técnicos da própria TAAG e do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC).
 
O resultado preliminar reforça as suspeitas existentes no seio da própria TAAG, cujo porta-voz, Rui Carreira, desresponsabilizou a companhia nos incidentes que ocorreram nos últimos meses com os aviões da marca americana adquiridos recentemente.
 
Há cerca de um mês, Rui Carreira contou a este jornal que a General Motors havia registado 13.900 eventos semelhantes ao que ocorreu em Lisboa, envolvendo os motores utilizados nos Boeings 777-200, razão pela qual a transportadora angolana só tomaria uma decisão definitiva após a conclusão da investigação.
 
 O caso de Lisboa foi antecedido por outros dois incidentes envolvendo aeronaves da mesma marca, também equipados com motores de General Electrics. O primeiro terá acontecido na China, em Julho do ano passado e o segundo no dia 21 de Outubro do mesmo ano, no Brasil, onde a tripulação foi obrigada a abortar a descolagem por problemas no motor direito.
 
fonte/Sapo.PT
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