PREFEITURA DE CANOAS, RIO GRANDE DO SUL, ESTUDA UTLIZAR BASE AÉREA

Canoas City Hall home page - Image improved wi...Image via Wikipedia

Projetado para servir como grande centro de distribuição na Região Metropolitana, a plataforma logística de Canoas terá de vencer uma barreira para concretizar seu terminal aéreo. O empreendimento, ainda em fase de estudos, almeja o uso da pista da base aérea do município para o transporte de cargas.

A intenção da prefeitura de Canoas ainda não foi levada ao Ministério da Defesa e ao 5º Comando Aéreo Regional (Comar), mas vem ganhando força entre os gestores do projeto. A plataforma deverá ser construída em um terreno de cem hectares, ao lado do distrito industrial do município, no bairro Niterói.

No mesmo local, o empreendimento irá reunir um centro de transporte rodoviário, empresas atacadistas e serviços voltados à movimentação e distribuição de mercadorias. Para a conexão com o modal aéreo, uma das alternativas é o uso compartilhado da pista militar, que fica ao lado do terreno da plataforma.
Levarei a proposta aos órgãos envolvidos agora em novembro adianta o prefeito Jairo Jorge (PT).
Inspiração de projeto é um empreendimento espanhol
Conforme o prefeito, o projeto é inspirado em uma das principais plataformas logísticas da Europa, em Zaragoza, na Espanha. Segundo Jairo Jorge, a ideia não é interferir no perfil militar da base, mas potencializar o uso do terminal em horários específicos.

Seria uma alternativa ao terminal de cargas do Aeroporto Salgado Filho avalia o prefeito, que apresentará o projeto hoje ao meio-dia, no Tá na Mesa, na Federasul, em Porto Alegre.
O estudo de viabilidade da plataforma logística já foi concluído. Agora, a prefeitura busca parceiros privados para um investimento total de R$ 300 milhões dividido em três fases.

No entanto, a ideia de utilizar a pista da base aérea para o transporte de cargas do centro de distribuição provoca opiniões controversas. Para Nelson Düring, editor do site Defesanet.com.br e especialista em assuntos militares, o uso compartilhado é praticamente inviável. O especialista aponta uma série de complicações legais, operacionais e de segurança:
A base militar é estratégica, pode não ter um grande fluxo de voos diários, mas deve estar sempre preparada para uma eventual emergência.

Para o especialista, as bases aéreas até podem ser usadas como alternativas para receber voos excedentes e evitar congestionamentos nos aeroportos comerciais, mas em situações especiais como a Copa do Mundo de 2014.

Elton Fernandes, professor de produção e transporte da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), não vê impedimentos de usar bases aéreas para serviços civis. Para o especialista, o uso compartilhado é uma tendência nacional, diante da dificuldade de se construir novos aeroportos.

Se há área física para separar os terminais militares e de carga, a utilização compartilhada é só uma questão de organização de horários diz Fernandes, acrescentando que em casos de emergência as operações militares sempre terão prioridade.

fonte/ZeroHora
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