"VOAR FAZIA PARTE DELE" , DIZ IRMÃO DO PILOTO DO ULTRALEVE ACIDENTADO

Viajar era parte constante da vida do empresário Adalberto Padilha Silveira, de 49 anos. Foi a bordo de seu avião, um Conquest, que ele conheceu boa parte do país. Sempre que possível, era o ultraleve com autonomia de sete horas de vôo que Adalberto usava para se deslocar.

- Ele usava para lazer e para trabalhar, sempre que precisava. Voar fazia parte dele - conta o irmão Adriano Padilha da Silveira, de 45 anos, que fez companhia a Adalberto em vários vôos.

Os irmãos eram sócios em uma empresa do ramo de educação à distância com sedes em diversas cidades do país. Um dos motivos para que com apenas três anos tendo licença para pilotar, Adalberto já acumulasse mais de 1,2 mil horas de voo.

Segundo Adriano, o irmão, que deixa quatro filhos, nunca teve medo das alturas. Piloto consciente, o empresário entendia de mecânica - de automóveis e de aviões - e costumava realizar pequenos reparos no seu Conquest.

Há cerca de um ano, Adalberto namorava Joana D'arc Chaves, de 38 anos. Moradora de Goiânia, ela trabalhava em uma farmácia de manipulação e, desde que começou a namorar o empresário, o acompanhava em suas aventuras.

- Ela não tinha medo, foi com ele a Fernando de Noronha. Adorava voar - conta Adriano.

O irmão de Adalberto ficou responsável pelo traslado dos corpos do casal até o Centro-Oeste do país. Joana será velada e sepultada em Goiânia. Adalberto, em Chapada dos Guimarães. Embora o empresário vivesse em Cuiabá e passasse grande parte do tempo em Sinop, onde mora Adriano, a cidade turística matogrossense é que era uma de suas maiores paixões. A expectativa da família é que amigos do Brasil inteiro viajem até Chapada dos Guimarães para prestar uma última homenagem a Adalberto.

- Era o sonho dele morar lá. Ele adorava Chapada dos Guimarães, tem amigos lá. É um lugar maravilhoso - explica o irmão.

A imagem de um homem ativo, corajoso, alegre, empreendedor e sempre disposto a ajudar é o que fica para Adriano.

- Sempre que ele pode, ele ajudou as pessoas à volta dele. Em todo assunto que você fosse conversar, ele estava presente, se dedicava. Por onde ele passou, ele deixou o bem espalhado.


fonte/ZeroHora

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