"ABORTAMOS O VOO PARA NÃO BATER NO MURO DO TRENSURB", DIZ PILOTO

Estudante de Ciências Aeronáuticas diz que não pretende para de voar

Apesar de ter levado ontem o maior susto desde que decidiu se tornar piloto, Bruno André Kohlrausch, 22 anos, pretende continuar a voar. O quanto antes, pois essa é sua paixão. Ele e o colega do curso de Ciências Aeronáuticas da PUCRS Guilherme Bilche tinham começado a decolagem no Cessna 152, para um giro pelo Interior, quando o motor perdeu força.

Abortaram o voo, antes que o avião se espatifasse na cabeceira da pista. A aeronave se partiu, mas os dois conseguiram sair apenas com escoriações da aventura não-planejada. Nessa entrevista a Zero Hora, feita por telefone, Bruno relata o que ocorreu:

Zero Hora – O que aconteceu?

Bruno Kohlrausch –
Íamos a Vacaria, Capão da Canoa e depois voltaríamos a Porto Alegre. Ao contrário do que tem sido dito por aí, não percorremos a pista até o fim. O avião decolou. O problema é que, assim que começamos a voar, ainda sobre a pista, o motor perdeu muita potência. Estávamos a 300 pés (cerca de cem metros de altitude). Aí abortamos o voo para não bater nos muros do trensurb (situados próximo à cabeceira da pista).

ZH – Quem estava nos controles, você ou o Guilherme?

Bruno –
Os dois. Ambos temos o brevê, ambos cursamos Ciências Aeronáuticas. Eu me formo logo na faculdade e estou me preparando para ser piloto de linha aérea, aí faço essas horas de voo. Eu pago por elas.

ZH – Por que o avião perdeu potência?

Bruno –
Não tenho ideia. Agora será feita investigação.

ZH – O senhor pensou em desistir de voar?

Bruno –
De maneira alguma pensei em desistir de voar. Fiquei só com um corte na boca e um braço machucado, nada demais. Eu decidi ser piloto, sou piloto, não faço outra coisa na vida. Vou continuar.

fonte/ZeroHora

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