SÓ 1,2 % DA VERBA DE AEROPORTOS IRÁ PARA AFONSO PENA
O aeroporto Afonso Pena receberá 1,26% – R$ 70,1 milhões – dos R$ 5 bilhões previstos pela Infraero para investimentos nos 15 aeroportos de apoio às cidades que vão sediar jogos da Copa do Mundo de 2014. No ranking da distribuição de recursos, ele é o quarto menos favorecido, na frente apenas dos terminais de Salvador, Recife e da Pampulha (de Belo Horizonte).
Além disso, nenhum dos cinco empreendimentos previstos para São José dos Pinhais foi iniciado. Três deles começam em 2010 e outros dois em 2011.
Os trabalhos em 12 dos demais aeroportos já estão em andamento. Atualmente, a Infraero não realiza qualquer investimento nos três aeroportos que administra no Paraná (além do Afonso Pena, há uma unidade em Londrina e outra em Foz do Iguaçu).
Os números foram apresentados ontem pelo diretor de engenharia da Infraero, Jaime Henrique Caldas Parreira, durante uma audiência pública promovida em conjunto pelas comissões de Turismo, Desenvolvimento Urbano e Transportes da Câmara dos Deputados. O debate tratou dos investimentos em aeroportos para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.
“Em cada aeroporto nós focamos no que é necessário e as principais prioridades são obras em pistas ou terminais de cargas e passageiros. No caso do Afonso Pena, a meta principal é adequar o espaço à demanda de passageiros”, explicou Caldas. Nenhuma das propostas apresentadas ontem contempla a ampliação ou construção de uma terceira pista, reivindicação que mobiliza o Paraná há uma década. Após a audiência, parlamentares da bancada paranaense fizeram uma reunião com o presidente da Infraero, Murilo Marques Barboza, para cobrar mais investimentos.
“Foi uma surpresa que a pista tenha ficado de fora. Ele (Barboza) nos disse que temos de atuar politicamente para que a obra saia e é isso que nós vamos fazer”, disse o deputado paranaense Eduardo Sciarra (DEM), um dos organizadores da reunião.
Segundo o parlamentar, também está garantida a ampliação do terminal de cargas, projeto avaliado em R$ 10 milhões e que consta no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) desde 2007. O empreendimento não foi incluído na relação da Copa porque não teria ligação com o evento.
Entre as cinco propostas de preparação para o Mundial de 2014 está a ampliação do sistema de pátios, com cinco novas posições para estacionamento de aeronaves. Para essa obra, o custo estimado é de R$ 30 milhões.
Durante a audiência, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, José Márcio Mollo, disse que o Afonso Pena é atualmente um dos 12 aeroportos brasileiros em que as aeronaves são proibidas de passar a noite, por falta de espaço adequado, o que prejudica a programação dos voos. Mollo fez uma previsão pessimista sobre as obras listadas pela Infraero. “Se dependermos do planejamento que está sendo feito e do histórico da Infraero em descumprir prazos, vamos sofrer um novo apagão aéreo durante, ou mesmo antes da Copa de 2014.”
O deputado paranaense Gustavo Fruet (PSDB), que participou da audiência e foi membro da CPI do Apagão Aéreo, em 2007, também disse que não acredita no cumprimento do cronograma apresentado ontem. “É pouco dinheiro e, além disso, o fato é que não vai dar tempo de terminar tudo até 2014.”
As outras quatro propostas apresentadas ontem pela Infraero para o Afonso Pena são a reforma e adequação do terminal de passageiros (R$ 1,65 milhão), a execução das obras de reforma desse terminal (R$ 37,25 milhões), o projeto completo de infraestrutura da área para hangares da aviação executiva (R$ 120 mil) e a execução das obras desses hangares (R$ 1,08 milhão).
Lanterna
Dos 15 aeroportos brasileiros que serão modernizados por causa da Copa de 2014, 11 receberão mais investimentos do que o Afonso Pena, na região de Curitiba:
Aeroporto Recursos (em R$ milhões)
Guarulhos (SP) 1.391,8
Viracopos (Campinas) 936,8
Galeão (RJ) 735,55
Brasília 524,2
Porto Alegre 495,16
Confins (Belo Horizonte) 392,16
Congonhas (SP) 284,32
Manaus 238,53
Fortaleza 214,99
Cuiabá 85,26
Santos Dumont (RJ) 76,41
Curitiba 70,10
Salvador 44,29
Recife 33,00
Pampulha (Belo Horizonte) 5,08
Os trabalhos em 12 dos demais aeroportos já estão em andamento. Atualmente, a Infraero não realiza qualquer investimento nos três aeroportos que administra no Paraná (além do Afonso Pena, há uma unidade em Londrina e outra em Foz do Iguaçu).
Os números foram apresentados ontem pelo diretor de engenharia da Infraero, Jaime Henrique Caldas Parreira, durante uma audiência pública promovida em conjunto pelas comissões de Turismo, Desenvolvimento Urbano e Transportes da Câmara dos Deputados. O debate tratou dos investimentos em aeroportos para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.
“Em cada aeroporto nós focamos no que é necessário e as principais prioridades são obras em pistas ou terminais de cargas e passageiros. No caso do Afonso Pena, a meta principal é adequar o espaço à demanda de passageiros”, explicou Caldas. Nenhuma das propostas apresentadas ontem contempla a ampliação ou construção de uma terceira pista, reivindicação que mobiliza o Paraná há uma década. Após a audiência, parlamentares da bancada paranaense fizeram uma reunião com o presidente da Infraero, Murilo Marques Barboza, para cobrar mais investimentos.
“Foi uma surpresa que a pista tenha ficado de fora. Ele (Barboza) nos disse que temos de atuar politicamente para que a obra saia e é isso que nós vamos fazer”, disse o deputado paranaense Eduardo Sciarra (DEM), um dos organizadores da reunião.
Segundo o parlamentar, também está garantida a ampliação do terminal de cargas, projeto avaliado em R$ 10 milhões e que consta no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) desde 2007. O empreendimento não foi incluído na relação da Copa porque não teria ligação com o evento.
Entre as cinco propostas de preparação para o Mundial de 2014 está a ampliação do sistema de pátios, com cinco novas posições para estacionamento de aeronaves. Para essa obra, o custo estimado é de R$ 30 milhões.
Durante a audiência, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, José Márcio Mollo, disse que o Afonso Pena é atualmente um dos 12 aeroportos brasileiros em que as aeronaves são proibidas de passar a noite, por falta de espaço adequado, o que prejudica a programação dos voos. Mollo fez uma previsão pessimista sobre as obras listadas pela Infraero. “Se dependermos do planejamento que está sendo feito e do histórico da Infraero em descumprir prazos, vamos sofrer um novo apagão aéreo durante, ou mesmo antes da Copa de 2014.”
O deputado paranaense Gustavo Fruet (PSDB), que participou da audiência e foi membro da CPI do Apagão Aéreo, em 2007, também disse que não acredita no cumprimento do cronograma apresentado ontem. “É pouco dinheiro e, além disso, o fato é que não vai dar tempo de terminar tudo até 2014.”
As outras quatro propostas apresentadas ontem pela Infraero para o Afonso Pena são a reforma e adequação do terminal de passageiros (R$ 1,65 milhão), a execução das obras de reforma desse terminal (R$ 37,25 milhões), o projeto completo de infraestrutura da área para hangares da aviação executiva (R$ 120 mil) e a execução das obras desses hangares (R$ 1,08 milhão).
Lanterna
Dos 15 aeroportos brasileiros que serão modernizados por causa da Copa de 2014, 11 receberão mais investimentos do que o Afonso Pena, na região de Curitiba:
Aeroporto Recursos (em R$ milhões)
Guarulhos (SP) 1.391,8
Viracopos (Campinas) 936,8
Galeão (RJ) 735,55
Brasília 524,2
Porto Alegre 495,16
Confins (Belo Horizonte) 392,16
Congonhas (SP) 284,32
Manaus 238,53
Fortaleza 214,99
Cuiabá 85,26
Santos Dumont (RJ) 76,41
Curitiba 70,10
Salvador 44,29
Recife 33,00
Pampulha (Belo Horizonte) 5,08
fonte/Gazeta do Povo
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