BRASIL CONCLUI NEGOCIAÇÃO PARA COMPRA DE 36 CAÇAS PARA FAB

Caça Gripen NG, que venceu concorrência internacional para reequipar a FAB. Foto: Arquivo Caça Gripen NG, que venceu concorrência internacional para reequipar a FAB. Foto: Arquivo
Governo federal firma acordo de financiamento e finaliza aquisição de aeronaves Gripen, da Suécia

Depois de 14 anos, o Brasil concluiu a negociação da compra de 36 caças para a FAB (Força Aérea Brasileira). Ontem, foi assinado em Londres o contrato de financiamento para aquisição das aeronaves Gripen NG, da Suécia. No mês de julho deste ano, foi acertado entre os governos a taxa de juros anuais de 2,19% – inicialmente, o índice defendido pelos suecos era de 2,54%. 
 
De acordo com o Ministério da Defesa, a diferença representa uma economia de R$ 600 milhões, quantia modesta diante do valor total da compra (aproximadamente US$ 4,5 bilhões).

 
No início deste mês, o Senado aprovou o contrato de crédito entre o Ministério da Defesa e a SEK (agência de promoção de exportações do país escandinavo) para financiar o projeto FX-2, de aquisição dos caças. A conclusão dessa etapa ocorreu na embaixada brasileira em Londres – as regras do financiamento seguem a legislação do Reino Unido.

 
Para o ministro da Defesa, Jaques Wagne, o projeto vai “garantir a soberania nacional do espaço aéreo brasileiro”.

 
A previsão é que o primeiro caça seja entregue em 2019, e o último, em 2024. Do total de 36 unidades, 15 serão produzidas no Brasil. A expectativa é que, com a transferência de tecnologia, o país passe a ser fornecedor de aeronaves de combate.

Sem risco. A compra dos caças, apesar da crise econômica, não esteve sob risco. A possibilidade era aventada por executivos suecos, mas prevaleceu a pressão do governo e o argumento de que os valores envolvidos com a diferença nas taxas era baixa.

 
Se houvesse revés, contudo, para o Planalto o desgaste internacional seria enorme.
Pilotos brasileiros treinam com o Gripen na Suécia, e a Saab já está trabalhando com Embraer e outras empresas para capacitar a indústria nacional a fornecer peças e, no futuro, montar o caça no Brasil. 

 
O último lote de aeronaves deverá sair, em 2024, da fábrica da Embraer. Havia a expectativa do aluguel temporário de modelos anteriores do Gripen, para adaptação dos pilotos brasileiros e para melhorar a defesa do espaço do Brasil central, hoje nas mãos de antigos caças F-5 modernizados. Mas a crise econômica praticamente enterrou essa possibilidade, levando o foco para a compra dos aviões em si. 

 
O programa F-X é estratégico para a região, pois a transferência tecnológica se dará principalmente com a cadeia produtiva aeronáutica, liderada pela Embraer, com sede em São José dos Campos.


fonte/foto/OVale

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